Tuesday, December 14, 2004

ausência...

Há muito , muito tempo que por aqui não “passo” a deixar duas letras dos meus pensamentos e/ou recordações. Culpa de um certo “ vírus” que “ataca” em tempo de frio. E, realmente, a mim que me estava a parecer que este Outono até estava a ser “levadeiro”, com uma temperaturas amenas, atacou-me ... atacou-me o frio e não só... a tristeza também. Depois, é verdade que a vida continua e também isso me espanta , que, apesar da “despedida” das pessoas, a vida é tão cruel que nem páram as horas não bloqueiam os relógios, não fica o mundo inteiro suspenso... não. Tudo fora de um círculo minúsculo continua como se essas perdas fossem um grãozinho de areia pouco importante na engrenagem do mundo ( nós é que nos damos demasiada importância!!!) . E, mesmo dentro do círculo , a certa altura, retoma-se a “viagem”... Assim , as recordações que deixei interrompidas com a promessa de as retomar, não são hoje para aqui chamadas... ficarão para outra altura... até porque vem aí o Natal e vamos viver a festa com outra sabedoria , espero!

Saturday, November 13, 2004

Em Novembro...recordando Setembro!!!

A esta hora , a luz deixa um estranho rasto dourado sobre a terra : são as cores amareladas das árvores, os telhados sobre o casario branco, os campos o horizonte... e foi por causa desta cor bizarra de um final de tarde que evoquei mais uma vez aquela recente viagem à infância, em que vivemos uma semana de paz e sol no sossego de fins de Setembro... Lá fomos nós à procura desses tempos. Da outra vez, já lá tínhamos ido, armados de máquina fotográfica emprestada, por acaso , com rolo, não como da outra vez, que nem rolo a máquina tinha, mas, por isso mesmo , mais irritante e mais decepcionante ainda, porque a máquina é que não estava em condições... enfim , daquelas peripécias que podem estragar o prazer de um bonito passeio. Desta vez, não : tudo foi calmo e tranquilo, com máquina e tudo. Bem, ainda não com aquelas máquinas sofisticadas que agora existem, mas uma máquina com rolo , que tirou mesmo fotografias, o que já de si , atendendo às anteriores experiências, já era um grande passo... um grande progresso!!!
Enfim , serpenteámos por aquelas arribas de um e outro lado do rio Douro. Valia-nos a beleza das oliveiras derreadinhas, carregadinhas de azeitonas já a “pintar” para espanto do especialista na matéria!!! E laranjas a usufruir, na paisagem verde, do privilégio do microclima da região... E, nesse encantamento ( menor para quem conduzia) , subimos nós a estrada, com o rio lá no fundo, cada vez mais longínquo a perder de vista, cruzando com raros automóveis, até terras de Guerra Junqueiro, a “ terra mais Manuelina “ de Portugal...... E lá estava outra vez e sempre a Escola Primária, como se chamava naqueles tempos até se perder um dia de vista que primária queria dizer primeira e se substituiu o nome por razões variadas, entre elas porque deixou de ser a primeira e , a maior parte das vezes, a única e incompleta... Mas isso são outras contas de outro rosário e é o progresso e tal e tal! Lá estava ela , enorme ainda , incomparável, na minha vida, com aquela arquitectura ( até o “especialista em azeite já a reconhece na televisão, quando a vê como cenário de alguma notícia daquelas terras !!!) de exame de 4ª classe, porque, por isso me ficou na memória... à qual alio aquela cerimónia toda com júri e tudo e o melhor vestuário, na deslocação à vila... com as mães todas à espera dos filhos e dos resultados ( o Capitão Ferreira também lhe anda associada, mas isso são histórias de outras vidas!!!) . Almoço, claro e passeio pelas ruas silenciosas , até nós falávamos mais baixo, sem querer, mulheres à porta das casas, bordando, e espantámo-nos com dois ou três turistas que por ali deambulavam... Tudo limpo, luminoso, sem pressas... Encetámos caminho até Lagoaça, momento para contar mais peripécias, como aquela em que o Pai resolveu, num dia de neve, alugar um táxi e ir até Mazouco por altura das arrematações dos enchidos e o carro ficou preso na neve e foi preciso ir cortar pernadas de pinheiros para que pudéssemos seguir viagem e, quando, finalmente, chegámos ao destino, foi o espanto do arrojo e o nosso foi o facto de não haver neve nenhuma , à medida que se ia descendo em direcção ao rio...
Em Lagoaça lá estava, virada para a praceta, a casa de portas vermelhas, mas agora estão pintadas de verde! E também já não está lá o fontanário, onde íamos buscar água. Confirmei isso com as pessoas que por ali estavam sentadas na conversa para eu não ficar a pensar que a memória me andava a pregar partidas!!!
Hoje vou ficar por aqui, porque foram muitas e intensas as recordações de Lagoaça e, embora não as vá rememorar todas – não saberia ! – elas merecem umas notas descansadas e só quem viveu lá ou quem , como nós, passou por lá naquela tarde de um Outono de Verão, consegue compreender porquê....

Sunday, October 10, 2004

Outono já???

Chegou o Outono. Quer dizer, já tinha chegado há algum tempo , no calendário, mas só mesmo o calendário é que deu conta, porque , eu , em particular, não tinha dado conta de nada. Andava numa satisfação que ninguém imagina, até me passou pela cabeça que , este ano , ia ser assim: um Verão primavera, fosse o que fosse , sem parar, roupas leves, calçado fresco, enfim , uma delícia... Choveria de noite, como devia ser... e porque é preciso e tal e coisa, mas de manhã, lá estava o sol, quentinho, suave, lindo...Até havia menos acidentes! Mesmo porque as pessoas andariam todas mais bem dispostas. Todas? Não! Há sempre os desmancha-prazeres, que adoram o Inverno, com aquela desculpa um tanto esfarrapada do romantismo da lareira, ai tão bom tão lindo tão romântico!!! Pois, que remédio, à falta da esplanada, corpos dourados, sol, praia, refrescos de cores insuspeitadas e de frutos exóticos ao pôr do sol no mar... pois que remédio! Lá fica a lareira em vez de .... Quem é que pode achar piada e lindo e romântico ao facto de uma pessoa andar toda encasacada que até doem os ossos de tanto peso sobre o esqueleto, uma pessoa transida de frio , para mais nem pode andar” feita parva sozinha “ à chuva que a chuva é gelada e não dá gozo nenhum? Continuando: andava tudo distraído até que o Outono surgiu , eu ia dizer sem pré-aviso, mas não! O aviso veio: Um certo Ministro dos Assuntos Parlamentares pôs-se a lamentar do ódio venenoso que um tal Marcelo Rebelo de Sousa lhe tem e ao Governo e pronto! O outono desatou aos berros e veio cheiinho de força com tempestade política à mistura!!! Eu sei que se percebe que estou com vontade de rir , mas parece mal que o caso é mais para chorar!!!
Outro dia ainda vou falar da semana após o 23 de Setembro, aquela em que já deveria haver aulas e depois já deixou de haver? Essa! Mas não é por isso , é para falar de outras vidas , outras viagens, essas sim , é que são dignas de recordar!!!
Por agora, do Outono gosto da desfaçatez de vestir as vinhas daquelas cores berrantes e do descaramento de lhes aplicar mesmo tinta vermelha! Isso, sim é sempre a melhor parte do Outono!

Sunday, September 19, 2004

Fronteira do verão

Estamos num tempo ambíguo ( não estou a referir-me à política nem aos políticos e suas intervenções nem sequer à colocação de professores ... mas ao tempo-clima-méteo!) , aquele momento do ano margem entre o verão e o outono, um momento com uma fronteira difícilde riscar num qualquer calendário... Corre uma arangenzinha por entre estes vinte graus inimagináveis depois de umas manhãs outonais! Céu azulíssimo com umas pinceladas ténues e descuidadas de seda branca esfarrapada; em redor, alguns pequenos maços de algodão em rama delimitam o horizonte! O sol bem quentinho e saboroso escorre sobre a cidade quase sem pessoas ( as poucas que passeiam parecem fora do sítio numa terra silenciosa ) e as folhitas das árvores bamboleiam-se com seu verde contaminado de amarelo e algumas já se tornaram castanhas e duras e riscam o chão à sua passagem.
Num dia assim , começa a caça ... ao coelho e há pessoas que , habituadas a viver cada dia da semana, a trabalhar escondidas do sol, metem-se na mesma toca a trabalhar. E dizem que , neste país , não se trabalha!!!

Wednesday, September 01, 2004

De regresso!

Foi bonito, foi mesmo lindo este mesito fora desta City! E, como se esteve em férias...duplamente, triplamente bonito! Agora a questão é que há algures no tempo um ponto final e, um dia, seja porque é final de Agosto, porque os dias começam a minguar ( ai! acho que alguém vai colocar esta palavra ao lado das palavras " horríveis de dizer", neste caso de escrever, como pr exemplo "consumição" e "gentil" hahaahah! ), os meteorologistas começam a falar em descidas de temperatura e refrescam as noites e os dias, às vezes , devagarinho, outras daquela forma abrupta que até me deixam K. O. Eu detesto dias frescos para já não falar dos frios ( aliás destes - frios - só gosto deles à lareira e, mesmo assim, também é muito aborrecido que me obrigam a estar em casa durante muita horas e isso não tem piada nenhuma!...às vezes!). Enfim , cá regressámos: e eu com aquele síndrome de final de férias, venho encontrar tudo igual, não mudou nada... a mudar , é sempre para pior ou sou eu que tenho esta embirração comigo...ah! mas mudar, vai mudar: o "Sancho"! Coitado, ele que já estava tão habituadinho àquele centrinho... da praça! Vai mudar de sítio, já mexem as máquinas, o pó e a complicação inerente...de trânsito, vai ser lindo para estacionar, quando o trabalhinho começar naquele ritmo regular!!! Vai, vai! Enquanto isso não tem grande influência na minha vida, não é nada despropositado fazerum balanço deste mês! Então, aí fica... o balanço! Sesimbra: aqueles olhos brilhantes quando chegámos , ao ver aquela piscina maravilhosa e aquele mar tão azul tão sem fim, disseram tudo e eu , com as lágrimas escondidas por dentro de tão contente por aquela alegria, ganhei as férias naquele momento! Os passeios na praia, o ritual do jornal e do café ( e do estacionamento!!! O sr. Presidente da Câmara é cheio de boa vontade, mas olhe que a questão está complicada!!!), as braçadas na piscina, o sol, o olhar lavado naquele azul até lá tão longe e a baía lá em baixo, as varandas - acontece-me agora como quando recordo o verão de 2003 e fecho os olhos e vejo aquele mar visto daquela casa na Vagueira e sorrio quase sem querer - e os jantares n' O Canhão, como se sempre tivéssemos vivido ali, e os fins de semana!!! só foi pena o último domingo não ter aquele sol ambiconado no Verão, valeu pela caldeirada... depois lá deixámos a falésia com aquela saudade lusitana. Passámos por S. Martinho do Porto!... Ah! aquela infância, aquela infância! cada vez fica mais longínqua na lembrança, tanto mais quanto os símbolos daquele tempo , aquela casa juntinho à baía - baía-concha com direitos de reprodução fotográfica nos manuais escolares! - se encontra agora fechada, quase abandonada, esquecida. E das vidas e peripécias de uma família que já nem as paredes confessam só - ainda! - sobram as recordações e uma ou outra foto do álbum de família: os pais eram jovens e tinham a vida pela frente e as crianças ( ainda só duas!) viviam anos de uma infância descuidada e tranquila ( apesar de tudo!!! ) que lhes deixou o sabor a mar pela vida fora! A este lugar, ficará para sempre ( para sempre enquanto vivermos!) ligado o nascimento de uma menina muio moreninha, cuja carinha vi, pela primeira vez, no meio dos lençóis branquinhos, num dia quatro de Março e, um pouco mais tarde, já essa menina corria por todo o lado, a primeira leitura de uma obra, aquele livrinho minúsculo da história do José do Egipto!!! E mais , muitas mais peripécias... mas afinal, estava ali, agora só de passagem, como de passagem, estive na Praia do Salgado com aquela paisagem fantástica de mar e moinhos e, depois, na Nazaré! Rumo ao Norte! Logo fomos convidados a ir até outra paisagem diferente: aquela outra fantástica sobre o Douro( não tarda nada, vamos vê-la em toda a sua exuberância na " Ferreirinha " da RTP!) ! Enchemos os olhos daquelas ramadas prenhes de uvas a inchar da chuva que, nesse dia de Agosto, caía que Deus a dava! Viemos embora a toque de chuva, e não deu para mais nada!
Depois foi aquele ritual ( ah! na primeira semana Volta a Portugal em bicicleta, uma boa desculpa para uma certa pessoa dormir uma soneca e espreitar os corredores ahhahahah) dos JO, que só vou referir pelo S. Paulinho, pelo Francis, pelo Rui, pela Vanessa, pelo Emanuel, pelo ginasta ( que falha! não me lembro do nome), pelo Chaíça que ganharam medalhas ( os primeiros) e ganharam pela atitude positiva, pela boa disposição, pela garra. De muitos outros - pequeninos, pequeninos! - não rezará a minha História destes JO! E outros rituais: café , muitas vezes já na Praia de Miramar, caminhada na Linha Azul, que não me canso de dizer que, copiada ou inventada, foi uma ideia genial!, no regresso, a capelinha do Senhor da Pedra , ali, erecta no meio dos rochedos batidos pela água do mar, sol " naquele " tal toldo, almoço feito a maior parte das vezes pela Filó ou no Areal ou em Espinho, caminhada pelo passeio de Espinho, outra obra a elogiar ( há Presidentes da Câmara que fazem melhor que outros o seu trabalho, pareeeeeeeeeeeeeeeece!!!!!!!!!!!!!!!!!), mais sol , jantar, etc etc etc e casino e cinema e shoppings e tal!!! E almoço em Lisboa, no regresso! E o tempo voou!!! Ficou tudo muito resumido, mas são horas de jantar!!!
Boa desculpa para concluir, não é?

Wednesday, July 28, 2004

mestrados!!!

Refrescou...já se passeia pelas ruas , algumas, claro! e podemos ficar pelas esplanadas ao sol!
Passei rapidamente pela L. e lá vem outra jovem para o ensino, notas altíssimas! Parece que não há na escala de avaliações das universidades e politécnicos e afins notas inferiores a dezoito! que cabecinhas se perdem em Portugal, tanta inteligência por metro quadrado e não nos damos o devido valor a estas pessoas com notas tão altas!!! Só no básico é que há insucesso... depois, passada que é essa barreira, é ver toda a gente a ter sucesso ! E não é um sucesso qualquer! Claro! É só dezoitos e equivalente! Ainda nem os países estrangeiros se deram conta deste fenómeno, todo concentrado à beira-mar! E, caso não encontre nenhuma " colocação" , há sempre o recurso a um mestrado. Dá vontade de dizer que "há sempre um mestrado que espera por si!" ao virar da esquina! Acho bem, acho lindamente!
Pus-me a ler ( reler ) o Eça ! OS Maias! É soberbo! Uma fluência de palavra, de personagens , de cenas: nem lhe custou nada a escrever! Digo eu!!! Ironicamente!
Por hoje chega! Não tarda nada , vou para férias! O pior é o regresso a este degredo!

Sunday, July 25, 2004

onda de calor

Estamos "condenados": em casa, à lareira , no inverno; em casa, à fresca, no verão! E não há volta a dar-lhe. Se for possível respirar, dorme-se a sesta... Também se podia ler o jornal, mas, nesta penumbra, não é fácil! Isto foi ontem... hoje há uma diferença: não anda pelo ar aquela poeira sufocante vinda do norte de África, dizem. Assim , alomoçou-se no sítio do costume www.soadro.com o arroz de cabidela e o borrego assado no forno com esparregado de favas! a delícia habitual. O problema maior é que , chegados à sobremesa, não se consegue comer mais nada! Agora só lá voltamos para Setembro! E é assim: enquanto andam outras pessoas a trabalhar ( vão ver agora o Shrek), outras andam a regalar-se por outras paragens!

Sunday, July 11, 2004

é domingo!

É domingo! Ainda não li as notícias; ah! li assim de relance um título sobre a necessidade de os alunos precisarem de mais horas a matemática, evitarem usar calculadoras nos 1º e 2º ciclos, terem que "debitar" a tabuada e exigir aos professores do 1º ciclo horas determinadas para dedicarem a esta disciplina e a Português!!! descobriram a pólvora, os nomeados para uma certa comissão de avaliação! Se não fosse tão ridículo, dava vontade de rir. Rio, mas é com um riso amarelo!
Importante - recebi uma mensagem: está a chover em Barcelona, embora com calor! E nós por aqui , estamos bem , naquela calma habitual!
E, por ser domingo, vou descansar os neurónios!

Saturday, July 10, 2004

tanta conversa , sr. PR!!!

Já tinha quase como certo que haveria eleições antecipadas. Mas o PR não decidiu assim. Tantas conversas, consultas, ouviu tanta e tão variada gente, prolongou a espera e para quê? Sofri uma imensa desilusão, não esperava, não acho justo e aborrecem-me os políticos que enchem a boca , o estômago, o ego a falar da vontade do povo, enchem a boca quando dizem povo como se o povo fosse algo de abstracto sem cabeça sem pensamentos sem vontade, como se o povo fosse uma massa informe , manipulável, pouco – ou nada - inteligente , como se fosse uma massa que não entendesse os interesses de cada um , sejam eles dinheiro ambição ou outros. Enchem a boca a falar do povo e não sabem nada do povo, falam do povo como se o povo lhes entregasse a alma. O PR pensa que interpretou os sentimentos do povo...
Maria de Lurdes Pintasilgo ainda terá conhecido esta decisão?
Elencar... verbo elencar: suponho que esta é a palavra da moda. Foi usada ontem, pelo menos, três vezes, por dois dos intervenientes na mesa redonda, debate ou similar na RTP, após a as palavras do PR. Significa: incluir ( uma questão, um problema, um item) no meio de outros para ser oportuna e devidamente considerado, discutido, resolvido. ( Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa) . Numa palavra- enumerar. E estão a falar para o povo!!! Ou em nome de...
Ao que parece voltou a censura... Escandalizados? Que se pode dizer da “homenagem” da RPT sobre Henrique Mendes, em que se apaga parte da sua vida profissional, na SIC? ( Já agora, um assunto que não tem nada a ver... Sabem que já começou a Volta à França? Pois! As transmissões da 2: para quem segue o ciclismo são espectaculares!!! Isto é ironia, claro!
Mas triste, triste – uma tristeza indizível! - fiquei ao saber, inopinadamente, que tinhas partido, LM! De súbito, deixaste duas rosas no teu jardim e foste embora... ! Ficas comigo no pensamento, a passear, a rir e a conversar por terras de Estrasburgo, numa viagem que não esqueceremos.
Como , apesar de tudo, a vida segue o seu caminho, lá por Barcelona, continua tudo sobre rodas! Com sol, praia, passeio, visitas aqui e ali , e amizade a jorros . Aproveitem bem!

Friday, July 09, 2004

azul

Manhã lindíssima, serena e azul! Café no sítio de costume, passeio pelas ruas do costume, jornal, o do costume, bebido com o sumo de laranjas espremido ( não exprimido) no momento, servido com a simpatia do costume! Dei então de caras com o “escrito” do Rui, esse! O Baptista! Texto ali colocado a seguir à programação das Tvs como quem não quer a coisa! Na “ mouche”! Sobre as conferências de imprensa do Euro e não só! Onde isso já vai!!! Só me surpreendo porque vejo que não estou só! Quer dizer, sempre houve alguém que viu nas Tvs o que eu vi: os jornalistas noutro papel qualquer , uma subserviência que eu , nem de perto nem de longe, podia imaginar, tanto mais que uma pessoa muito próxima me diz vezes sem conta que o jornalista tem um código e que não pode dar pareceres nem opiniões nem ter emoções nem assim nem assado etc e tal ! E eu , a vê-los – os minutos que via, porque , a certa altura, já nem os podia ver nem ouvir! Era saturante! – bajulando... até as palavras levavam mel, cuidado para não traumatizar os “ meninos” , para não os pressionar , para não fazer nada que lhes altere o sistema nervoso...E até o “nosso” poeta Manuel ficou alterado , mas aí é a sua alma de poeta e os poetas podem usar e abusar da sua liberdade poética, está estipulado , fica-lhes até bem! E a notícias, horas sem fim, que não sei onde os jornalistas(?) foram inventar tanto fait divers tanta energia para tanta hora de emissão, é preciso ter imaginação, reconheça-se! Agora, devem ter ido para férias, espero que, a continuar assim , dava-lhes uma coisinha má! E o sr. Seleccionador, o que dizia , o que fazia com a sua habilidade de psicologia ou de linguagem ou de linguagem psicológica!!! E se fosse um português a dizer aquela palavras? Se fosse um seleccionador português a dar aquelas “pistas” quem é que lhe ligava , quem é que tinha acorrido ao chamamento, quem tinha achado todas as suas ideias o máximo? Pois é! Mais uma vez santos da casa não fazem milagres!
Mas agora anda o PR , esse mesmo , com a cabeça em água, bem pode emocionar-se que deve estar com um nó na garganta... Como os portugueses já começam a ir para férias ( ainda terão dinheiro nesta altura do campeonato?) , a decisão até pode passar despercebida! Acho, acho...em Setembro é que vão ser elas! Pode ser que me engane!
Só sei é que há duas pessoas hoje em Barcelona que se vão fartar de falar do Euro – outra vez!!! – das bandeiras , do FanPark, do desgosto do 1º jogo , aquela falta de garra , da euforia dos jogos seguintes, das penalidades, do guarda-redes Ricardo e da final , aquele caminho que parecia tão bonito , que já se via cheiinho de verde e vermelho cintilante, mas em que os “artistas” – agora também já se pode dizer!( como diz o outro no jornal!!!) – não mostraram o tal espírito vencedor ( nem sequer todo o mundo de língua portuguesa unido os motivou) que se esperava! E falarão da “crise” e resolverão ali, junto à praia de Barceloneta, o futuro do país... O PR devia pedir-lhes a opinião e ia ver como são sábias!!!
Já sei ... a mania de colocar parêntesis na escrita tal e qual como quando falo é muito aborrecida... que hei-de fazer? É um vício!

Thursday, July 08, 2004

que conversa.continuação

As bandeiras ainda estão nas janelas... em todas? não, em quase todas, mas, nos bastidores, já recomeça o murmúrio desfaz-o-inimigo/amigo/sabe-se lá quem e joguinhos arruma-o-parceiro. Isso sim! Com muitos sorrisos! Muito maneirismos! Muitas palmadinhas nas costas! ...Muita hipocrisia! E eu " passo-me" com isto, até parece que não aprendo, depois refilo, falo muito alto - continua a ser um defeito - e, como falo muito alto , dizem-me que falo muito. Eu prefiro falar muito e alto ( não devo nada a ninguém e não devo nada a ninguém é mesmo em todos os sentidos - não devo nem dinheiro nem favores!!! e , se calhar por isso mesmo é que posso falar e falar alto , alto e bom som )e não ficar com fluidos negativos a ensombrarem-me a vida do que estar em silêncio, muto angelical a pregá-la pela calada... com raivas, invejas, revoltas, zangas ...a roerem-me as entranhas! São opções!
Também não estou a gostar nada desta sucessão de perdas - a Sophia , a querida Sophia de Mello Breyner, mal sabe ela a companhia que brinda às pessoas, pequenas e não tão pequenas; Marlon Brando , lá mais longe, tão rebelde de épocas marcantes; e agora o Henrique Mendes, aquela presença serena ... e outros , que assinaram , cada um à sua maneira, páginas das nossas vidas.Eu nem quero pensar nisso. Também não acho graça nenhuma àquelas frases feitas , que é o que temos mais certo e blá e blá e blá ... E eu não acho bem , não acho justo e não aceito e não quero e acho que tudo podia ser de outra maneira e não gosto e pronto! E hoje fico por aqui para não desatinar. Entretanto, há quem se esteja a preparar para a viagem para Barcelona, matar saudades de uma certa pessoa que anda por lá há tempos! Não vai de TGV, porque não há paragens em Portugal. Mas não vou por aqui que este é outro assunto que merece uma conversazinha mais longa!
Então até lá!

Tuesday, July 06, 2004

Estávamos aqui sem fazer nada e deu-nos p'ra isto! Podia ser pior! Mas agora é uma chatice, já não há jogos de futebol com aquela cadência a que estávamos a habituar-nos - embora ainda haja pano para mangas em mesas redondas e análises psicológicas sociológicas económicas e afins!!! - e depois ficou assim este tempo fresquinho para nos acalmar as ideias! O pior acho que ainda 'tá p'ra vir . Vai ser uma martelada com uma força, tipo bonecos animados , que não sei se nos endireitamos!!! Ah! Mas isso sou eu tipo Velho de Restelo que, de resto anda tudo numa animação...ainda! Digo eu...
Até outra conversa!